sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Ai ai, Ui ui!!!!!

Segundo dia de trabalho corporal e o corpo ja começa a sentir as dores musculares das danças populares. A Carla Martins nossa coreográfa e preparadora corporal, não da mole pra ninguém! Sempre com aquele vigor e energia invejáveis, programa junto a direção seu tempo para realização do trabalho.
Começamos mais uma vez, deitados no chão, com o corpo em V, em contato constante com a respiração, joelhos dobrados e pés apoiados no chão, elevamos a pélvis inspirando, e colocamos a coluna no chão exprirando. O exercicio segue com a evolução dos movimentos como pêndulo. Ao ficarmos de pé fomos em imediato para os movimentos de dança afro, e na sequencia maracatu e giro de candomblé, movimentos com o quadril usando o samba. encerramos com a base mais rasa do mergulhão, agora já com indicações das personagens.
Marco, deu iníco as atividades musicais, distribuindo pelo espaço os instrumentos, retomou o exercicio no qual circulavamos por entre os instrumentos com os olhares fixos, e mantendo a pulsação, depois buscando a pusação do outro e logo de um todo. Agora, cada ator, pegava um instrumento e emitia um som, sempre atento para a pulsação e para o controle de volume. Os outros atores direcionavam toda a atenção para o instrumento tocado. Fomos para o piano, e limpamos a música tema da Farsa.
Fernando, em seguida, dividiu os grupos. Eu, Renata, Suellen e Thardelly, ficamos montando a cena da cabra leiteira, enquanto na sala, a Carla trabalhava a corporeidade da Camille na cena dos demônios. Fernando com Maisa, fixava na cena das trocas, por ser uma cena muito complexa, exigia da atriz uma variedade nas vozes das personagens.
Christina chegou pra o ensaio e descemos para a praça da UNIRIO, onde o resto do elenco trabalahou o restante das cenas do segundo ato e o epílogo.
Com os olhares atentos da equipe técnica e da direção, fizemos um passadão do segundo ato completo. UFAA!!!!!!!!!
Terminamos em tempo recorde essa segunda etapa.
Concluimos o ensaio 30 minutos mais cedo e fomos, por indicação da Christina numa pizzaria na Urca, comemorar o dia tão especial.
O Rio de Janeiro nos presenteou com uma chuva daquelas, com direitos a show de raios e trovoadas para emenizar esse calor escaldante que nos atingia nesses ultimos dias.
Amanhã tem mais!!

Netto Ribeiro
In Process

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Eitâ que chegou Carla Martins!!!

Mais um dia de sol quente e muito calor, chegamos a UNIRIO às 14:00 para mais um dia de trabalho. Hoje quem inicia o ensaio é Carla Martins nossa preparadora corporal.

Ao chegarmos na sala de ensaio, na medida em que cada um ia finalizando a organização pessoal, Carla nos pediu que encontrássemos um lugar na sala onde pudéssemos deitar no chão. Nesse primeiro momento fomos nos conectando com nossa respiração e estado de ânimo, procurando não verbalizar. Fizemos um exercício específico de inspiração e expiração acompanhado de um movimento para cada entrada e saída de ar e ainda um som de “S”. Em seguida, ainda no chão, começamos a espreguiçar o corpo, despertando-o. Para nos levantarmos, fizemos uma espécie de pendulação onde o corpo balançava de um lado para o outro, com um fluxo que ia aumentando até chegarmos na posição de pé.

Trabalhamos um alongamento em círculo e alguns passos de Maracatu. A Carla nos trouxe um exercício inspirado no “mergulhão” do Cavalo Marinho. Após, trabalhamos o coro ficando todos bem juntinhos, e ao som da música nos foi pedido para que qualquer uma das pessoas escolhesse um personagem para reproduzir movimentos referentes ao personagem escolhido e os demais deveriam repetir em coro e juntos a idéia proposta.

Depois fomos divididos em três grupos de três pessoas para propormos encaixes e movimentações da cena dos demônios. Um dos grupos ficou sendo eu, Renata e Camille (“as originais do samba”), depois cada uma se infiltrava num dos outros dois grupos, até que num dado momento todos nós nos misturamos e a Carla deu um comando para que Suellen e Renata começassem a improvisar cena enquanto o coro mesmo parado externamente, irradiava energia para a cena. Ao final desse trabalho, fizemos um roda, em que a Carla falou um pouco sobre a forma como pretendia colaborar para o processo e percepção dela acerca do encontro de hoje.

Fizemos uma pausa breve para água e começamos a trabalhar com Christina a cena das trocas dos bichos. Fizemos algumas leitura para depois improvisarmos a cena.

Mais uma pausa, agora para o lanche.

Na volta do trabalho Fernando dividiu a galera em três grupos: eu, Neto e César, o trio celestial, em que trabalhamos o epílogo do segundo ato. Camille, Neto e Renata trabalharam a cena da oferta da cabra. E Isadora trabalhou com Marco, começamos a trabalhar propostas para cena na área externa da UNIRIO, e acreditem, começou a chover do nada! Foi uma emoção tamanha, que uma parte do pessoal não pensou duas vezes e foi tomar banho de chuva. Após esse surto, fomos ler o III ato encharcados ,e por fim, às 22:30h o carro veio nos pegar para voltamos para a casa.


Maisa Costa

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Cara Boa

Hoje começamos com um aquecimento conduzido por Marco e passamos todas as músicas, fazendo alguns ajustes.

Depois passamos a primeira e a segunda cena do II Ato tamabém fazendo uns ajustes de cena, marcando algumas movimentações, pausas e entrada de música. Esses ajustes são necessários para dar mais ritmo a cena e deixá-la mais interessante e precisa. É o caso da cena “descendo dos tamancos”a qual Clarabela se oferece a Simão. Existem nuances na fala e pausas precisas que devem ser ouvidas e executadas no momento certo.

Passamos a cena do primeiro ato “cadê meu cheque” também fazendo uns ajustes.

Fizemos um passadão ao ar livre ao som de cigarras e passarinhos para Carla, Mona, Daniela e Carlinhos. Nesse passadão experimentamos uma nova proposta de organização do espaço: os camelôs ficaram de frente para a cena fazendo um meio circulo, delimitanto o espaço em que a cena acontece e ao mesmo tempo, se misturando ao público.

É inegavel que esse passadão foi muito melhor que o primeiro que fizemos para Carlinhos e Dani. Teve mais ritmo e apesar dos atropelos e da nova organização do espaço que diga-se de passagem, nos colocou na fogueira, conseguimos ver uma fluencia nas cenas.

Depois do passadão fizemos uma avaliação e teve uma observação muito precisa que resume o passadão : a falta de jogo. Não houve jogo entre os atores. Todos estavam ansiosos demais, preocupados demais em acertar as marcas e os ajustes que tinhamos acabado de fazer e essa preocupação em acertar e fazer o melhor acabou se tornando mais importante que curtir a cena. O que deveria ser o contrario. Deveriamos usar todas as informações e a mudança na organização do espaço de uma maneira positiva, que nos favorecesse e não que atrapalhasse.

A Carla observou a qualidade da atenção dos corpos em cena porque mesmo que seja a cena de Simão e Nevinha, todos os outros atores estão em cena então o corpo deve estar irradiando para o casal que está em cena.

Foram feitas várias observações que são importantes para todos os ensaios então vou lista-las para deixar registrado:

Cara Boa :D

A hora de treinar o contato com o povo é a cada dia

Comédia é tempo e precisão. Chris disse que estamos perdendo o tempo das piadas.

Transformar cenas em partituras.

Conquistar a expontaneidade do movimento

Precisão nas repetições

Alegria, energia, jogo, entusiasmo, conexão com os colegas de cena

Introversão e extroversão!!!

Cara Boa ;D


Camille Carvalho

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Adentrando o II ATO

Desde a retomada do trabalho, gradativamente, o rojão dos ensaios têm aumentado.

Hoje não foi diferente. Chegamos ao espaço doe ensaio, o mesmo de ontem, a sala do ar-condicionado-meia-boca que fica no sexto andar do prédio de interpretação da UNIRIO. Começamos nossos alongamentos de sempre no calorão costumeiro desse verão carioca. E após algumas brincadeiras e piadas (de praxe), tivemos vinte e cinco minutos com o Marco para relembrar, melhorar, entender, ajustar as músicas da peça.

Fizemos uma leitura do II ATO: A CABRA DO CÃO CAOLHO e após lermos, cortamos alguns excessos, fomos para a cena que liga um ato ao outro (já que na real não teremos essa separação). Para propor a cena em que o trio celestial irá falar sobre as peripécias do I Ato e prepara para as armações do arcanjo e do santo que virão no II, Fernando que nos separou em três grupos de três pessoas que fariam o Manuel Carpinteiro, Simão Pedro e Miguel Arcanjo: Césár, Netto e Maisa; Thardelly, Camille e Renata; e Marco, Isadora e Suellen.

A dinâmica proposta foi a seguinte: primeiro o trio celestial César, Netto e Maisa, que fazem os personagens na peça, apresentavam sua proposta de cena, depois um dos grupos executavam o que haviam feito, em seguida, o trio celestial tentavam fazer a cena com a mesma idéia do anterior, após, o outro grupo se apresentava, e por último, o trio celestial novamente tentava fazer igual ao anterior.

Por fim, as divindades, tentariam se apropriar dos elementos que mais fossem interessantes para composição desta cena. Ficou muito divertida as propostas: Manuel Carpinteiro/Cristo na cruz, em outro sentado, sendo servido, dando uma de bacana. Em outro momento, a dificuldade do santo e do arcanjo em fazer as pazes, e por aí vai...

O mesmo foi feito com a segunda cena do II ATO, em que a Andrezza vai tentar seduzir Simão a dá um chamada em Clarabela e logo após Simão cai na lábia de Clarabela em troca de uma maxaixi (lê-se massagem). Dessa vez os grupos separados foram: os originais do samba, eu (Clarabela), Renata ( Andrezza) e Thardelly (Simão). Os falsificados, Suellen, Camille e Marco.

Trabalhamos essa cena no mesmo esquema da anterior, no qual sugamos muitas coisas sugestões interessantes.

Chega a Chris, assiste o que trabalhamos hoje e... pausa para o lanche.

Retomamos a partir do final da cena “A CRÍTICA” e seguimos para a cena “CADÊ MEU CHEQUE” que é o momento em que entram os demônios disfarçados de freiras e a Andrezza de peru na tentativa de levar o cheque. O Marco teve uma idéias que contribuíram muito para alterar a dinâmica da cena por meio das interferências musicais e o Fernando trabalhou a variação do tempo. Camille e Maisa experimentaram sugestões dadas pela Chris, como a gagueira e a repetição de algumas palavras por uma das freiras. Pense numa presepada!!!

Ainda tivemos pique pra fazer a cena “DESCENDO DOS TAMANCOS”, em que Clarabela tenta (e não consegue) seduzir Simão. A Chris não agüentou ficar sentada (é claro) e foi mostrar como se faz, como se seduz um homem... rsrsrsrs

Acho que aí já deu, né! Já suamos nossa cota do dia. Passavam das dez horas e o carro nos esperava. Fomos então jantar no Xexézinho e outros comer um sanduba natural, loucos pra chegar em casa e tomar um banho pra refrescar um pouco dessa quentura!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

"Ô mamãe, ô que calor..."

Depois de um domingo quente de folga sob os olhos do Cristo, a primeira de poucas durante esse período por aqui, reencontramos o trabalho numa, não menos fervente, segunda-feira. Nesses dias, temos começado o dia conduzidos por Fernando, já que Chris só pode agregar-se a nós depois de suas atividades com a UNIRIO. Temos navegado um pouco entre as salas do setor de Cênicas tentando fugir um pouco do calor. Tarefa praticamente impossível de ser realizada. No entanto, qualquer coisa que pareça amenizar isso é muito bem-vinda.

Após a peregrinação pelos corredores vazios da Universidade, chegamos ao sexto andar e à quarta sala que nos abriga, munida de um restinho de ar-condicionado que bravamente resiste aos tempos de férias em janeiro. Quer dizer, férias para alguns. Não pra nós, claro. Ah! E nem pro disciplinado estudante de violino que estudava sob fartas sombras e na companhia de um pedaço de Mário de Andrade que estático, vê e ouve tudo como um busto respeitável deve fazer.

Fernando pediu que fizéssemos um passadão até o trecho que havíamos trabalhado com Chris, no sábado em que ele trabalhou o texto e não esteve presente no ensaio. Muita coisa se perdeu. Não temos conseguido manter ainda as sutilezas que começam a surgir nos ensaios. Muito chão pela frente ainda. Apesar disso, é visível o resultado do trabalho de limpeza conduzido por Chris. As cenas, com os cortes feitos funcionam com uma dinâmica muito mais interessante para a cena que queremos e precisamos na linguagem de rua.

Falando em cortes, Fernando nos passou a nova versão do texto com os Atos I e II e seus devidos ajustes. Lemos juntos, discutimos e alteramos o que foi preciso. Passamos o Ato II em movimento para começarmos a brincar com essas novas situações. Certamente muitas etapas que tivemos até aqui serão queimadas em relação à construção desse novo Ato. Para que marcássemos o tempo desses dois Atos, fizemos um passadão com as novas mudanças. Apostas feitas para ver quem mais se aproximava do tempo real, tivemos a grata surpresa de um total de 1hora e 12minutos de cena. Esse tempo certamente cairá ainda mais quando ganharmos o tempo da encenação, a pulsação adequada para a condução do espetáculo. Com isso, reduzimos o Ato I que mantinha-se insistentemente em 1hora para felizes 46 minutos. Ao final da passada, Chris juntou-se a nós. Hora da pausa para o lanche e trocarmos de sala. E lá vamos nós!!

E vamos ao futebol. Ou ao vôlei? Ou não seria mesmo futevôlei? Bom, na verdade com o rasgo aumentando a cada cipuada que a pobre bola (vagabuuunda...) recebia, mais a câmara de ar dela se estufava pra fora. Até que...Pou!!!! Adivinhe quem estorou? Sim, claro, a bola. Mas, digo, quem provocou o estouro e o fim do jogo? Mais claro ainda que foi o monstro mor, Cesar. Vamos ao trabalho. Fazer o que, né? Tsc tsc tsc...

Agora regidos pela batuta da Streva retomamos o minucioso trabalho iniciado por ela no sábado passado. Textos na mão, trabalhamos a cena por nós entitulada “A CRÍTICA”. Talvez a mais complexa desse Ato I, em que estão todos em cena, na entrada da Clarabela (Isadora). Vai, volta, mexe, ajusta. Voz prum lado, intenção pro outro. Liga o teclado novo. Liga a caixa nova. Cadê a tomada? Cadê o cabo? Carrega pilha. Carrega caixa. Desliga o ventilador. Canta!! Xiiiiii!!! Quanta coisa!! Ufa! Cena difícil. São muitos planos diferentes na mesma cena. É preciso calma. E o calor torrando o juízo. Bom, no fim sobrevivemos todos. Saímos de lá às 22:30h.

Um dia longo de longos dias longe de casa. E vamos nós!!