sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

"Olha a técnica aí, minha gente!"


Sexta-feira, véspera de ensaio geral e ocasião em que aproveitamos para realizar um Barracantes, um projeto idealizado pelo Clowns que consiste na apresentação de experimentos durante as montagens de seus espetáculos.


Para dar o pontapé do ensaio de hoje, passamos as principais músicas da peça e as coreografias do Troca-Troca, Pantomima e da Reza e durante esse momento musical em torno do teclado tocado pelo Marco, o Galego e o Fernando foram montando o cenário.


Com o aquecimento vocal já finalizado e com o grosso das estruturas do cenário levantadas, fomos dar uma mãozinha na arrumação dos detalhes: prender os óculos nas grades, os alhos e ervas, colocar a grade dos CDs e dos cordéis em seus devidos lugares, e por aí vai...


Já deu para entender que algumas coisas terão que ficar fixadas no cenário durante a circulação da Farsa para agilizar o nosso lado, mas que terão que ser colocadas com muito cuidado para evitar que se quebrem. Tudo montado e o cenário aqui no Barracão fica enooooooooorme. Puxa pra cá, puxa pra lá, vira, mexe e pronto! Balanceamos o espaço para ter uma boa área central para as cenas.


Depois da organização dos grandes, agora a organização dos pequenos: dos ovinhos, caxixis, chocalhos, caneta, caderno, pulseiras, dinheiro, moeda e cada negocinho que iremos usar na peça colocada em sua respectiva estação. "São tantas coisinhas miúdas..."


Feito isso, fomos direto para o passadão da peça com tudo, ou pelo menos o máximo de coisas que pudéssemos usar, mas entramos tão de repente para fazê-lo que já começamos errando a música tema e daí para depois foram diversos erros, seja por não lembrar, ou pela falta de zelo com a técnica mesmo. Contamos com a presença das pessoas que estavam na técnica como o Galego, Ronaldo, Jailson, Rafael, e Ritinha, uma atriz da Bahia que está em visita.


Ao término, sentamos e conversamos, como de praxe, e ficamos até um pouco apreensivos porque tecnicamente a qualidade da peça hoje foi abaixo do normal. Os diretores pontuaram para o que deveríamos atentar amanhã e mais uma vez o Fernando, reforçado pelo Marco, colocou a questão do acomodamento ou do clima de “já ganhou” pelo fato de termos as peça levantada, já com o cenário, figurino e maquiagem tudo em cima. Feita nossa avaliação do passadão, fica o amém final de hoje e o combinado de estarmos amanhã às 14hs no Barracão.


Amém!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Passou o Carnaval...Carnaval? O que quererá dizer isso?

Depois de um Carnaval que passou por nós apenas pela TV, estamos numa quinta-feira de trabalho como tem sido comumente. Nessa fase final de ajustes e acertos detalhados, quase como uma afinação minuciosa, hoje continuamos o terceiro ato.

Temos conseguido nesses últimos dias manter uma rotina onde estamos passando todo o repertório musical da peça. Incluindo toda a limpeza até mesmo das sonoplastias que aparecem no decorrer da história. Tudo isso depois de um bom aquecimento vocal sem pressa e bem detalhado. Um luxo chegarmos a dez dias da estreia assim, com tanta tranquilidade. O perigo é a sensação de jogo ganho, apontado por Fernando e que não pode nos tirar a concentração no trabalho. Essa tranquilidade, que é boa, tem vindo carregada com um pouquinho de dispersão. É preciso cuidarmos disso também.

Propus uma pequena vinheta sugerida por Fernando para a entrada do Simão como mestre-sala, cena do terceiro ato. Algo breve, cômico e que dialogasse com a imagem dele caminhando em trajes que, por si só possui uma carga ridiculamente excelente. É interessante observar como a música nesse processo, sobretudo de formação e experiência primeira musical para muitos, coloca os atores num nível de atenção diferenciado. A insegurança diante de algo que é novo e que exige um pouco mais de atenção é sempre muito bem-vindo. Precisamos aproveitar isso, essa qualidade de prontidão para a trajetória durante todo o espetáculo.

A outra missão para hoje era criarmos alguma estrutura rítmica que resgatasse o espírito do que conseguimos para o encerramento através da célula que usamos no Capitão com a melodia do "Jerimum". Optei basicamente pelos mesmo instrumentos acrescentando a caixa numa estrutura rítmica do Galope. Mesmo com os problemas naturais de ainda não conseguirmos executar bem o que foi proposto, deu pra ver que vai funcionar. É preciso dar tempo ao tempo e, sobretudo, malharmos isso daqui pra frente diariamente. Como diz Helder Vasconcelos, "o bicho tem que pegar". Caça ao bicho, então!

Passado o momento musical comigo, Fernando assumiu as limpezas da cenas do terceiro ato a partir do ponto que paramos. Puxa dum lado. Estica do outro. Volta. Corta texto. Mais texto. Experimenta o que foi criado hoje. Inventa uma sequência de movimentos que codifique a praga dos três mendigos em cima de Aderaldo. Repete algumas dezenas de vezes a cena da oração com novas propostas de movimentação do coro e... assim chegamos ao fim do dia! Atores do Ser tão a caminho de uma reunião de produção e nós dos Clowns perdemos mais uma vez Avatar. Tsc tsc tsc. Ossos do ofício...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O cenário chegou hoje!

Começamos a quarta um pouco mais cedo, uma horinha antes pra receber o cenário no Barracão que chegara do Rio de Janeiro. É muito heim, seu Aderaldo.” É sim, e como é. Um tempo até criar um jeito de organizar tantas peças, instrumentos, figurinos, estruturas e aí fomos juntando um pouquinho dali e um pouquinho daqui.

Partimos para trabalhar a primeira cena do primeiro ato, Andreza e Nevinha com a Chris, o restante do elenco ficou responsável para terminar de organizar o material e dispensado. Não completamente dispensado. A cena trabalhada com a Chris foi comigo e com a Renata, vendo intenções, tempos, e dando o ritmo necessário para a peça, pois é ela que abre toda a história. E fixar, apesar do pouco tempo trabalhado conseguimos chegar no ideal para cena, agora é manter, estudar e tudo certo!

18h, hora de ir para o estúdio! ÉÉÉÉ, para o estúdio, gravar o tema da peça!


Chegamos lá, ah que emoção! Marco já tinha realizado toda a gravação dos instrumentos pelo teclado e só faltava as nossas belas vozes, quer dizer nem tão belas assim. Primeiro escutamos várias vezes as modificações e cantamos e aquecemos. Primeiro as meninas, todas na meia lua do microfone, cantamos, cantamos e cantamos, muitas vezes. Ora é muito estranho ouvir sua própria voz, a harmonia e depois você escutando as vozes todas juntas completamente diferente que você costuma ouvir. É muito esquisito... Tá bom que não estávamos muito timbradas hoje, mas deu para o gasto.

Os meninos, depois de muito tirar onda de nós, foram a vez, cantaram, ajustaram, tá bom que foi mais rápido, mas não significa que foi melhor que nós, claro tenho que defender o clube das luluzinhas. Terminou com o Thardelly, como ele disse, seu primeiro solo, e acabou! Que simples, imagina!!!!

Assim, fizemos nosso trabalho hoje. Lindo, lindo, lindo...

Sim, está chegando dia 27, só pra constar.

;)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Terça de Carnaval

Começamos o dia com dois integrantes enfermos, tirando a gripe que vem se alastrando por quase todos, Chris torceu o pé e Thardely deu uma topada que quase perdeu um dos dedos do pé esquerdo.
Recebemos também dois convidados para acompanhar o trabalho de hoje, a Paula que já vinha acompanhando e contribuindo no processo e o Sandro do grupo Mosaico de Cuiabá-MT que nos encontrou no Rio e resolveu passar o carnaval em Natal e ver mais de perto os trabalhos no Barracão.

Partimos para a limpeza do espaço, alongamento individual incluindo os músculos do pescoço. Acordamos as pregas vocais e passamos as músicas do espetáculo. O troca - troca e a Pantomima cantamos fazendo a coreografia. A idéia é que sejam sempre passadas no início do trabalho.

A proposta de hoje era de ir passando o espetáculo e aos poucos ir parando para pontuar alguma limpeza e propondo alguns pequenos cortes. Nesse trabalho seguimos até a primeira cena do terceiro ato finalizando esta limpeza amanhã.

Agora o trabalho depende muito mais de nós atores em tornar orgânico todas as proposições de ajustes.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Segunda de carnaval

Segunda de carnaval, voltamos ao barracão dos clowns, depois de nove dias de recesso, pós rio 40 graus e inicio do carnaval. Iniciamos o trabalho as 16h00min, retomamos a tradicional limpeza da sala, fizemos um aquecimento com a bola, depois alongamos e Marco conduziu o aquecimento vocal passando todas as musicas do espetáculo.
Christina sugeriu que passássemos as duas coreografias, a do troca-troca (2 ato) e da pantomima (3 ato) para algumas limpezas e logo em seguida um corridão do espetáculo, onde ela e Fernando foram identificando as “barrigas” da peça, fazendo um diagnóstico mais aguçada agora. O corridão foi feito sem os instrumentos, sem cenário e adereços, porque ainda não chegaram do Rio de Janeiro, mas mesmo assim foram executados com o corpo e com a voz e ao contrário do que eu pensava foi muito bom, com jogo, ritmo e vigor de todos os atores.
Os diretores frisaram que esse era o momento de total apropriação dos pequenos detalhes por parte dos atores e que daqui para a estréia faremos dois corridões por dia para ganharmos mais ritmo até a estréia do dia 27 de Fevereiro em João Pessoa.

Natal, 15 de Fevereiro, segunda de carnaval, 2010.