"Ô mamãe, ô que calor..."
Depois de um domingo quente de folga sob os olhos do Cristo, a primeira de poucas durante esse período por aqui, reencontramos o trabalho numa, não menos fervente, segunda-feira. Nesses dias, temos começado o dia conduzidos por Fernando, já que Chris só pode agregar-se a nós depois de suas atividades com a UNIRIO. Temos navegado um pouco entre as salas do setor de Cênicas tentando fugir um pouco do calor. Tarefa praticamente impossível de ser realizada. No entanto, qualquer coisa que pareça amenizar isso é muito bem-vinda.
Após a peregrinação pelos corredores vazios da Universidade, chegamos ao sexto andar e à quarta sala que nos abriga, munida de um restinho de ar-condicionado que bravamente resiste aos tempos de férias em janeiro. Quer dizer, férias para alguns. Não pra nós, claro. Ah! E nem pro disciplinado estudante de violino que estudava sob fartas sombras e na companhia de um pedaço de Mário de Andrade que estático, vê e ouve tudo como um busto respeitável deve fazer.
Fernando pediu que fizéssemos um passadão até o trecho que havíamos trabalhado com Chris, no sábado em que ele trabalhou o texto e não esteve presente no ensaio. Muita coisa se perdeu. Não temos conseguido manter ainda as sutilezas que começam a surgir nos ensaios. Muito chão pela frente ainda. Apesar disso, é visível o resultado do trabalho de limpeza conduzido por Chris. As cenas, com os cortes feitos funcionam com uma dinâmica muito mais interessante para a cena que queremos e precisamos na linguagem de rua.
Falando em cortes, Fernando nos passou a nova versão do texto com os Atos I e II e seus devidos ajustes. Lemos juntos, discutimos e alteramos o que foi preciso. Passamos o Ato II em movimento para começarmos a brincar com essas novas situações. Certamente muitas etapas que tivemos até aqui serão queimadas em relação à construção desse novo Ato. Para que marcássemos o tempo desses dois Atos, fizemos um passadão com as novas mudanças. Apostas feitas para ver quem mais se aproximava do tempo real, tivemos a grata surpresa de um total de 1hora e 12minutos de cena. Esse tempo certamente cairá ainda mais quando ganharmos o tempo da encenação, a pulsação adequada para a condução do espetáculo. Com isso, reduzimos o Ato I que mantinha-se insistentemente em 1hora para felizes 46 minutos. Ao final da passada, Chris juntou-se a nós. Hora da pausa para o lanche e trocarmos de sala. E lá vamos nós!!
E vamos ao futebol. Ou ao vôlei? Ou não seria mesmo futevôlei? Bom, na verdade com o rasgo aumentando a cada cipuada que a pobre bola (vagabuuunda...) recebia, mais a câmara de ar dela se estufava pra fora. Até que...Pou!!!! Adivinhe quem estorou? Sim, claro, a bola. Mas, digo, quem provocou o estouro e o fim do jogo? Mais claro ainda que foi o monstro mor, Cesar. Vamos ao trabalho. Fazer o que, né? Tsc tsc tsc...
Agora regidos pela batuta da Streva retomamos o minucioso trabalho iniciado por ela no sábado passado. Textos na mão, trabalhamos a cena por nós entitulada “A CRÍTICA”. Talvez a mais complexa desse Ato I, em que estão todos em cena, na entrada da Clarabela (Isadora). Vai, volta, mexe, ajusta. Voz prum lado, intenção pro outro. Liga o teclado novo. Liga a caixa nova. Cadê a tomada? Cadê o cabo? Carrega pilha. Carrega caixa. Desliga o ventilador. Canta!! Xiiiiii!!! Quanta coisa!! Ufa! Cena difícil. São muitos planos diferentes na mesma cena. É preciso calma. E o calor torrando o juízo. Bom, no fim sobrevivemos todos. Saímos de lá às 22:30h.
Um dia longo de longos dias longe de casa. E vamos nós!!
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