É rua que você quer? Então toma!
Dezoito!
Cascavel, como o Instituto DataJapaNostradamus já havia previsto, ficou sem registro. Ou seja, a dezenove ficou à ver navios... Enfim...
Bom, após participar da Pré-Conferência Setorial de Teatro em Brasília - importante momento da vida política teatral no país, talvez o início de uma revolução que está por vir! -, encontrei-me com o restante do grupo em Fortaleza. Chegando, recebi vastos relatórios de diversas fontes, tanto sobre os vários problemas da apresentação de Cascavel - teclado que deu pau, relaxamentos, etc. -, quanto das dificuldades que já estávamos enfrentando em Fortaleza. A apresentação na Praça do Ferreira, agitado pólo comercial do centro da cidade, em plena terça-feira, às 16h, era o primeira delas. Além disso, tivemos dificuldade de encontrar uma boa logística de descarregamento (que acabou acontecendo na véspera), assim como um local para guardar o material durante a noite. Por fim, a praça estava ocupada pela estrutura de um show que aconteceu ontem. Resumindo, situação nada favorável.
Aos poucos, fomos tentando resolver a situação, problema por problema, enquanto montávamos o cenário, de forma cada vez mais prático e rápido. Até que surge do nada uma grande manifestação de profissionais da saúde contra um tal ato médico - perdoem a minha total ignorância sobre a matéria, imagino que deva ser algo ligado ao E.R. ou ao Dr. House... -, que começou a ocupar a praça com apitaços, falas de lideranças sindicais, e a promessa de um belo show de música. A produção foi averiguar a situação, e constatou que, assim como nós, eles tinham uma autorização da prefeitura para utilizar o mesmo espaço, no mesmo horário. Que beleza! Após inúmeras negociações, conseguiu-se conciliar as coisas: eles liberaram a praça às 17h, uma hora depois do previsto para o nosso início, e voltariam da passeata depois para um tal show musical.
Pronto! Finalmente sós! Nós e... os vendedores ambulantes, a serra circular de uma obra que acontecia no prédio em frente à apresentação, dois pastores que pregavam e cantavam ao lado da cena, o comércio do centro aberto, enfim, finalmente, tínhamos uma situação de rua no máximo do melhor e do pior: hora dos meninos darem conta de conquistar o público naquela situação limite, e de nós, do lado de fora, encontrarmos o equilíbrio entre controlar uma mínima ordem na praça, mas diferenciarmos o que deveríamos conter e o que não podíamos interferir.
E assim foi. O primeiro ato foi sofrido. O público não entrava, não respondia - com toda a razão -, o espetáculo não funcionava, demorou até a coisa começar a acontecer. Enquanto isso, a gente continuava controlando a manifestação, adiando o início do show da banda de pífanos, etc.
Bom, do segundo ato em diante, o espetáculo foi conquistando o público, e acabamos bem. No entanto, numa avaliação mais geral, acho que a apresentação foi bem ruim. No entanto, pelas condições tão complicadas, fica difícil definir o quanto perdemos desde a apresentação - seja por relaxamento, seja por cansaço, etc. - ou quanto as circunstâncias foram determinantes.
Paraíba se foi, Ceará se foi. Amanhã, seguimos para o Rio Grande do Norte, nossa casa! Aquele país chamado Mossoró, depois Assu (ou Açu? A pergunta que não quer calar!), e por fim Natal, antes de seguirmos viagem rumo a Pernambuco.
2 Comentários:
Pô num foi tão ruim assim!!!Acho q o maior problema realmente foi o manisfesto,acabou atrapalhando tudo,desconcentrando todos,tinha horas q não dava pra ouvir,pois a concorrencia de sons era grande!
Mas o espetaculo foi incrivel!!NUm é rasgação de seda ñ,os fortalezenses de modo geral ñ tem o costume de teatro então tudo para eles é novidade,dá um desconto ne Fernando!!!Se não fico triste!!kkkk
As intempéries e os reveses, com certeza, são matéria-primas para o crescimento de vocês.
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