Nasceu!
Com quase 800 testemunhas em pleno Ponto Cem Réis, nosso filho finalmente veio à tona!
O dia de montagem teve poucos pontos de tensão, diferente do que eu imaginava. De cara, só pudemos começar a trabalhar às 13h, ou seja, quatro horas antes do início do espetáculo, o que nos pegou de calças curtas. Afinal, por mais simples que a estrutura possa ser - e não é tão simples assim! - era a primeira montagem pra valer, com todos os imprevistos que essa situação inaugural pode trazer.
Enfim, independente disso, a montagem foi bacana, pelo fato de todos estarem muito tranquilos, sem aquela pressão, entendendo que o tempo das coisas precisaria ser respeitado com calma. Ponto pra todos, em especial pro elenco, que é quem estaria mostrando a cara momentos depois, e que garantiu o melhor clima para que tudo estivesse pronto a tempo.
Durante toda a tarde, inúmeros transeuntes paravam, analisavam o cenário, e invariavelmente perguntavam: "Quanto custa esse óculos?", "Esses CDs tão à venda?" ou "Esse chá pra gastrite funciona mesmo?". E nós, aproveitando essas abordagens espontâneas, íamos explicando que se tratava de um cenário de teatro, e que haveria uma apresentação mais tarde.
Chegando perto do horário, o público foi aparecendo. Muita gente, muita gente de teatro, aliás, acho que todas as pessoas de teatro de João Pessoa estavam naquela praça!!! Diretores, cenógrafos, atores, estudantes, muito bom ver tanta gente por lá. O prestígio do Ser Tão e a ansiedade em ver o resultado desse processo compartilhado instigou todos a irem ao PCR. Além disso, também estavam presentes alguns convidados de fora, como a família da Chris, vinda do Rio, minha família, que veio de Natal, a filha e o genro do Ariano Suassuna, nossos amigos Tainá e Lineu, do Núcleo Viventes de Criação, de Recife, e um fã do grupo de Natal, que eu vou cometer a imperdoável gafe de não lembrar o nome (que feio...), que sempre acompanhou os Barracantes, desde o processo do Capitão, e veio nos prestigiar por aqui também!
Finalmente, com vinte minutos de atraso, os meninos começaram a entrar pela praça, de forma tímida, pequena, mas assim que o Thardelly pegou o megafone e disparou seu "vamos lá, minha gente, vamo se aproximando!", o bicho pegou! Assim que a Andreza (Rê) disse que o Simão "é feio pra danado", e o público veio abaixo (!!!!), percebemos que a coisa tinha pegado fogo, como diria o mestre Hélder Vasconcelos. E foi mesmo. Confesso que fiquei alijado de assistir o espetáculo, primeiro porque tava cheio demais, e segundo porque precisávamos estar atentos ao que acontecia na praça. É muito diferente do palco! Coisas de marinheiros de primeira viagem...
Ainda assim, consegui perceber que o que o espetáculo perdeu de precisão, algumas perdas técnicas, ganhou em vida, chegou junto do público, comunicou, divertiu, foi um final de tarde/início de noite dionisíaco. Aliás, vale ressaltar a beleza de se fazer espetáculo neste horário: a praça iluminada pelo crepúsculo, à meia luz, e aquela roda cheia de luz no meio dela, foi bonito.
Bom, mal comemoramos o nascimento, já foi hora de pegarmos o nosso super busão nesta manhã e seguirmos para Campina Grande, nossa segunda parada. Agora é hora de começar a conhecer como será essa rotina. É água!!!!!
3 Comentários:
Como diria o "poeta" Falcão: Nasceu lindo, bonito e joiado. Valeu!!!
Parabéns! Fico daqui torcendo, vibrando e cheia de curiosidade e vontade de ver de perto. Vida longa para mais um filho distante... Sucesso!!!
Gente, eu vi a peça, aqui em João pessoa, no ponto de cem réis, achei linda, dei boas risadas! o que eu mais gostei foram as músicas! "Quem é ela? Clarabela!", entre outras, alguns dos meus amigos e conhecidos gostariam de velas, mas eu não cheguei a gravar a peça, gostaria que vocês, mandassem pelo menos uma das músicas para o meu e-mail, vitoriaschulze@hotmail.com, é só um pedido ok? Beijinhos e boa sorte com a peça!
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