domingo, 28 de fevereiro de 2010

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A saga continua. Aqui em Campina, a produção, montagem, desmontagem, apesar de ainda longe da perfeição, já começam a mostrar os sinais da prática. Tudo começa a ficar mais fácil e ágil. Os tipos de problema que iremos encontrar começam a aparecer, e as formas de solucionar também. Hoje, por exemplo, o ônibus não teria como estacionar na Praça da Bandeira, nosso local de apresentação, para descarregarmos o cenário. Inicialmente, o Rafa propôs um esquema que envolveria carregarmos uma F-30 com as coisas, e descarregarmos na Praça, o que resolveria nosso problema, apesar de que teríamos que passar por dois descarregamentos. Depois, a produção conseguiu acionar a polícia de trânsito para permitir não só a parada como o estacionamento do ônibus ao lado da praça, parando o fluxo da avenida enquanto o ônibus manobrava. Fino!

Bom, a montagem, apesar de ainda um pouco bagunçada, já foi bem mais rápida e fácil. É bacana começar a entender como escolher o melhor lugar em cada praça, adaptar para as condições encontradas, preparar o espetáculo para os mais diferentes lugares. Em salas de espetáculo isso já acontece, mas na rua a transformação é muito maior! Já curtia muito isso antes, a adaptação técnica e espacial para cada teatro. Agora, na rua, tenho a impressão que isso vai ser mais legal ainda! Bom, hoje foi só a segunda apresentação, vinte e duas ainda estão por vir. Este blog será testemunha se essa afirmação foi precipitada e inocente ou não...

Mexemos na abertura (chegada dos camelôs), foi um pouco menos pior, mas ainda longe de poder ser chamado de bom. Além disso, não foi executado como pedido. Em Cuité melhoraremos. A apresentação, para cerca de 300 pessoas (segundo o Instituto DataJapa) foi muito bem recebida pelo público. No entanto, o que era clima de "já ganhou" antes de estrearmos, virou algo que é melhor nem comentar por enquanto, até porque o diretor tem uma bela bronca preparada para seu elenco que ainda será dada antes da próxima apresentação (viu, elenco?). Depois da bronca, talvez eu comente por aqui também.

O debate ao final teve um público bem mais participativo e interessado do que em Jampa. Me peguei percebendo o quão inusitada é essa situação: uma rodinha de 30, 40 pessoas, no meio de uma praça pública, às nove horas da noite de uma segunda-feira, falando sobre processos criativos no teatro. No entorno, bêbados, cheiradores de cola, aposentados jogando dominó, cachorros, e nós, as espécimes mais exóticas dessa rica fauna! Muito bom isso!!! Rsrs... Em tempo, tivemos o primeiro cachorro em cena do espetáculo! Ufa! Já tava ficando preocupado! Infelizmente, ele muito educadamente entrou na área cênica pela porta da casa do Aderaldo, saiu pela porta da casa do Simão, sem ser sequer percebido pelos atores (Thardelly e Suellen), que estavam imersos em sua cena no proscênio. Mas deixou a sua marca e batizou o espetáculo. Evoé!

Enfim, resumindo, por um lado o espetáculo vai ganhando um pique, uma apropriação, e mostrando a sua cara, a sua força, comunicando bem com o público. Esse é o lado bom. O ruim fica pra depois...

Mas, para não terminar o post nesse anti-clímax, fechamos a noite no Mororó, restaurante de ambiente super agradável e excelente comida regional! Já vim a Campina umas seis ou sete vezes, e garanto que, dentro do meu ainda restrito conhecimento da cidade, é a melhor comida de CG. Lauto jantar, mais do que merecido, para um bando de artistas batalhadores que andaram passando por alguns apuros gastronômicos nesses primeiros dias de jornada. E tá só começando... Ai, ai, ui, ui!

E faltam vinte e duas!!!! Simbora pra Cuité! Cuité!?

Até agora, tudo vai bem...

1 Comentários:

Às 6 de março de 2010 às 10:15 , Blogger Gustavo França disse...

Campina Grande, terra maravilhosa merece o excelente teatro de vocês.

 

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