segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Visões e Visagismo

Fevereiro tá começando! E por aqui? Tá acabando! Entramos hoje na última semana de trabalho aqui no Rio. Sim, mas é só essa etapa que está sendo finalizada. Passada essa semana teremos ainda muita água por rolar. Figurinos a receber, cenário a fechar, textos por cortar e caracterização pra começar. E falando nela, Mona entrou em cena com seu lindo trabalho de visagismo. Estranha essa palavra, não? Até ela acha. Bom, hoje pela manhã Netto e Isadora foram para a UniRio para começarem a trabalhar a caracterização para que Cuca (Maurício Rego, o retratista) pudesse ter algum registro desse processo aqui.

Em função da demanda necessária para desenvolver o trabalho com a Mona, desmembramos as equipes de trabalho para esses três dias de trabalho, de hoje até quarta. Enquanto o trio celestial (Cesar, Netto e Maisa) passaram pela mão de Mona, Carla trabalhou algumas cenas em que as Diabas (Camille e Renata) mereciam uma atençãozinha em especial. Nesse meio tempo, fui até a biblioteca encontrar Fernando que trabalhava numa proposta de corte para o Ato I. Conversamos um pouco sobre as possibilidades de corte observando o que de mais importante precisava ser comunicado. O que de fato é essencial para a compreensão da fábula que estamos contando. O que queremos comunicar? Vimos que é possível cortarmos sem pudores partes estruturais sem comprometer a obra de Suassuna. É chegado o momento das escolhas. Temos feito as nossas. Sem dúvida, estamos encontrando a dramaturgia que serve a nossa realidade artística.

Depois do lanche e com a chegada de Chris, fomos experimentar em cena os cortes propostos pelo Japa. Isso demandou um bom tempo até entendermos e incorporarmos essa nova estrutura dramatúrgica. Cenas inteiras sairam. No entanto, claramente ganhamos muito com as objetividades das informações. Até o peru deixou de ser feito por Renata! Uma pena, porque era bem divertido. Mas é o preço por termos lucrado com o todo.

Ao final, Chris fez uma apreciação detalhada apontando cuidadosamente questões do trabalho de cada um de nós. Legal perceber na fala dela o caminhar de cada um e o crescimento individual durante esse processo. Um trabalho tão delicado e cheio de tanta informação. Tanta coisa trocada nesse tempo. Tanta experiência compartilhada em tão pouco tempo que às vezes é preciso momentos como esse de hoje de fundamental importância sugerido pela Chris para distanciarmos e analisarmos um pouco de longe o trabalho que estamos construindo juntos.
Imagino que essa conversa de hoje trará bons frutos nessa reta final.

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