"E que tudo mais vá pro inferno..."
Hoje, meus irmãos, vamos rezar em nome das almas pecadoras de Aderaldo Catacão e Clarabela na tentativa de salvá-los do fogo eterno do inferno!
Mas calma aí, minha gente, que antes de conhecermos a música da reza, vamos passar todas as músicas da peça pra ajustar, melhorar, etc, etc...
Pronto! Agora sim...
REZA PELAS ALMAS PECADORAS
Coro: Pai nosso que estais no céu
Santificado seja o Vosso
Nham, nham, nham...
Simão: Amém
Coro: Amém
Simão Pedro: O pão nosso de cada dia nos daí hoje
Simão: Mas venha com uma manteiguinha, um queijinho de coalho tostadinho
Nevinha: Simão!
Simão: Falta um minuto!
Coro: Nham, nham, nham...
Coro: Bendita sois vóis entre as mulheres...
Simão: Tudin, Zefinha, Joaninha, Da guia, Marcelina, que é bonita pra danar!
Simão Pedro e Nevinha: Simão!
Simão: Amém
Coro: Amém
Simão Pedro: Mas, livrai-nos do mal...
Simão: Menos seu Aderaldo Catacão que tem que ir pro quinto dos infernos, morar do lado do cão...
Simão Pedro e Nevinha: Simão!
Coro: Nham, nham, nham....
Coro: Bendito é o fruto...
Simão: Como a maçã, banana, abacaxi, ai que delícia! Melância, melão...
Todos: Simão!
Simão: Ai meu Deus, que ta acabando o tempo.
Coro: Salve a rainha, nossa, salve...
Simão: Salve dona Clarabela que é fogosa que só a gota serena...
Todos: (repreendem com o olhar)
Simão: E corre que só faltam 10 segundos.
Coro: Agora e na hora da nossa morte
Que horas são? Será que dá tempo?
E cinco, e quatro, e três, e dois, e um.
Amém!
Essa é a canção da reza. Apesar de não conseguirmos, ainda, pegar a dinâmica sugerida pelas quebras abruptas entre as interferências de Simão durante a reza, tivemos uma ideia do que poderia vir a ser. Aproveitamos para experimentar a música em cena, e sob as indicações de Carla fomos organizando-nos numa espécie de paredão dos beatos, representando o coro e mais adiante formando uma tríade, Simão, Nevinha e Simão Pedro. O esboço apontou algo interessante, faltando agora nos apropriarmos mais da música.
Seguimos, fazendo um passadão do III Ato, O Rico Avarento, incluindo a cena da reza. Apesar de hoje não termos tido o trabalho corporal inicial com a Carla, ela esteve presente durante o ensaio todo, realizando observações, apontando possibilidades de caminhos que complementavam as indicações do Fernando e da Chris que chegou na segunda parte do trabalho motivando-nos a buscar um caminho para a cena em que os demônios carregam Aderaldo e Clarabela para o inferno, e mais adiante, Simão e Simão Pedro.
Percebemos o quanto essas cenas são difíceis, não apenas por serem o desfecho da peça, mas também pelo fato de conterem uma ideia a priori estereotipada, em que os demônios são seres de corpos que se contorcem, línguas à mostra, e por aí vai... Fernando sugeriu um caminho mais humanizado, partindo do pressuposto de que esses seres possuem o controle total da situação. Pegando o gancho, Chris aconselhou Camille a tentar imitar a personagem da Renata e isso vislumbrou um caminho interessante para a trajetória da personagem que Camille faz na peça. Uma espécie de diabo aprendiz que almeja ser como a mestra, mas que é muito atrapalhada e tudo o que faz sai mais ou menos.
Marcamos algumas movimentações com a tríade direcionando intenção, movimento de cena e movimento de corpo (Chris, Fernando e Carla). Ao final do ensaio, conversamos sobre o cronograma, que por sinal, está acontecendo dentro do previsto, e assim encerramos o trabalho de mais um dia.
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