A peleja da limpeza
Hoje o dia começou bem mais tranquilo, pois chegando na UNIRIO inconscientemente todos foram dando uma relaxada. Alguns se deitaram em cima de uns tablados, outros embaixo das mangueiras dos saguis e outros como eu apenas sentados no banco. Parece perda de tempo, mas esse tempinho foi muito importante para zerar e focar no trabalho.
O Neto que passou a manhã com a Mona Magalhães (caracterizadora) fazendo os mapas das caracterizações das personagens, chegou por perto das 14:30h, o tempo de organização do pátio onde estamos trabalhando.
Carla conduziu o alongamento corporal e em seguida no teclado, Marco fez os exercícios para acordar e alongar as pregas vocais. Aproveitando para limpar algumas músicas como a “Reza” e “Catacão”.
Dando continuidade ao processo de limpeza das cenas, Fernando retomou a partir da cena que vem em seguida da “Pantomima”, que é a cena que “Simão e Nevinha como dois retirantes resolvem bater na porta de Aderaldo Catacão em busca de emprego”, seguindo para o “reencontro de Simão e Clarabela”, “Clarabela convencendo Aderaldo a contratar Simão como Mordomo” e a cena dos mendigos em que Simão corre para lá e pra cá.
Esse processo de limpeza é muito importante pois vai nos dando mais entendimento da cena e para quem está “fora da cena” ir ganhando segurança na contra-regragem e na sonoplastia.
Pausa para o lanche e para a chegada de Chris.
Voltamos da pausa dando uma passada no que foi trabalhado durante a tarde para mostrar a Chris e ao mesmo tempo já ir assimilando as cenas.
Seguimos agora para uma cena que estava apenas rascunhada e que precisava de uma atenção na concepção: “As diabas se mostram para Aderaldo e avisam que vão levar ele e Clarabela para o inferno em sete horas”.
Trabalhamos na perspectiva em que Ferrabrás (Camille) se mostra inicialmente para Aderaldo e que Andreza (eu) fica na sua sombra.
Camille foi bastante exigida corporalmente nesta cena, onde foi fundamental o trabalho de Carla. Neste momento surge uma nova corporeidade para as diabas, Chris então pede algo mais cachorra, mais vadia. A brincadeira, a diversão das duas tem que prevalecer.
Camille ficou muito rouca, quase sem voz. Forçou muito, tendo que ter uma atenção especial para descobrir como manter o trabalho sem perder a força vocal.
Paramos o trabalho antes de concluir a cena. Uma pena, pois perde-se o pique de criação. Amanhã temos uma sessão de fotos de divulgação bem no início da manhã, por isso encerramos mais cedo e o Cuca que está fotografando irá conosco para a Casa Paschoal.
As vezes parece que porque passamos por poucas cenas, o trabalho não rendeu. Existem cenas que pedem mais tempo, mais atenção, ajustes mais conceituais do que técnicos.
É preciso tranquilidade nessa fase do trabalho.
Vamos que amanhã tem fotos e passadão.
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